OS LAVADOUROS SÃO PATRIMÓNIO A CONSERVAR

Lavadouro público da Praça das Comunidades


Primeiro nas margens dos rios e poças, mais tarde em tanques, a lavagem de roupa suja foi uma tarefa exclusiva das mulheres. Os lavadouros públicos surgiram em finais do século XIX, passando a ser muito concorridos por lavadeiras de mister e outras mulheres que só lavavam a sua própria roupa. Os lavadouros eram lugares de encontro onde se falava da vida alheia; eram os “pasquins” da aldeia.
Outrora existiam na “vila” de Fafe vários tanques públicos que aos poucos foram desaparecendo. Os lavadouros são património representativo de uma época, não muito longínqua, em que as práticas comunitárias eram mais frequentes. O simbólico lavadouro da Praça das Comunidades é dos poucos ainda existentes na cidade que ainda é utilizado e por isso deve ser conservado e valorizado. Um desafio aos arquitectos paisagistas?

Foto tirada hoje (28 de Outubro de 2011)

Poema da Lavadeira

Lava, lava, lavadeira,
Com a alma, com a mão.
Água canta na torneira
Sua líquida canção.

Lava, lava, lavadeira,
Sem descanso, sem razão.
Sua história verdadeira
Escreve-se com sabão.

Água canta na torneira
Sua líquida canção,
Lava, lava, lavadeira,
Com a alma, com a mão.

A manhã é transparente,
Brilha o sol com seu calor.
Tanto sonho de repente
Misturado com suor.

Lava, lava, lavadeira,
Sua roupa-ganha-pão,
Você tem a vida inteira,
Pra cumprir sua missão.


Cícero Alvernaz



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