A Igreja Paroquial de Fareja parece ter uma origem muito recuada. Um documento do ano de 960 refere o nome da proprietária da Igreja “et fuit ipsa eccesia de Domna Faregia”, provando a existência do templo naquela data.
Fareja é de facto um topónimo de raiz Árabe e certamente ali existiu um pequeno templo do séc. X, cuja localização precisa é ainda desconhecida.
A igreja foi sofrendo diversas alterações arquitectónicas ao longo do tempo.
Passado mais de um milénio, a Igreja Paroquial de Fareja surge-nos completamente restaurada, com uma traça algo incaracterística, onde alguns elementos mais antigos, sobretudo Românicos (séc. XII e XII) foram reaproveitados na última reconstrução, constituindo testemunho inequívoco da sua antiguidade.
Na frontaria da Igreja observam-se três elementos de impostas decoradas a rematar o arco de volta perfeita do portal. Sobre a entrada, na fresta, apresenta duas aduelas com decoração e uma representação de difícil leitura, que parece corresponder a uma figura do bestiário medieval.
Nas outras fachadas do templo não são visíveis outros sinais de fabrico mais recuado, com excepção de uma pequena cruz gravada num silhar de aparelho mais antigo, reaproveitado na parede da entrada para a sacristia, acrescentada ao corpo da igreja já na Idade Moderna.
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