CASA BRASILEIRA PODE ESTAR AMEAÇADA


Esta Casa "brasileira" localizada na Rua dos Aliados foi parcialmente restaurada há pouco tempo. Apenas o edifício principal foi alvo de recuperação. O imóvel, ligeiramente posterior, encostado à casa, foi deixado ao abandono e teme-se que possa ser demolido. 

Esta casa foi publicada por Miguel Monteiro no seu livro "Fafe dos Brasileiros", referindo que o Proprietário, «António José de Bastos Azevedo, casado com Antónia Maria de Faria Azevedo, foi para o Brasil com um tio da sua futura mulher, onde fez fortuna... Família de grandes recursos, monárquica por convicção... Por razões políticas, a família abandona o País em direcção a Espanha, onde possuía parentes, acompanhada por um grupo de correlegionários protegidos. Esta fuga deveu-se à oposição República, razão que leva ao assassínio de João Faria Azevedo, quando este, junto ao quartel da Guarda Republicana, deu vivas à Monarquia».



Nesta reprodução do "Almanaque Ilustrado de Fafe" de 1911 já aparece o edifício posterior. A casa principal está datada de 1895. O edifício sinalizado foi de facto construído alguns anos depois, o que não lhe retira valor patrimonial e Histórico com mais de um século. Destruir este imóvel é mutilar uma das mais interessantes casas "brasileiras" de Fafe! 
Enganam-se os que afirmam que a referida casa não tem qualquer valor patrimonial!



Aspecto da fachada em Setembro de 2008


Imóvel votado ao abandono, foto de Junho de 2011


O mesmo imóvel em Outubro de 2012






ATRIUMEMORIA TEM NOMEAÇÃO NO JORNAL NOTÍCIAS DE FAFE


Através do público, o jornal "Notícias de Fafe" nomeou a nossa associação para o prémio Cultura (Artes).
Será um começo do reconhecimento do esforço que esta associação, ainda sem apoios oficiais, tem desenvolvido pela cultura fafense. Ao público atento e à direcção do periódico dirigimos o nosso agradecimento.

PORTUGAL E BRASIL DOIS PAÍSES IRMÃOS DEPUTADA INÊS PANDELÓ RECORDOU LUTAS CONTRA A DITADURA


 
Deputada Estadual do Rio de Janeiro Inês Pandeló

 Na noite da pretérita quarta-feira, 23 de Janeiro o auditório da Biblioteca Municipal de Fafe acolheu o evento cultural: “Portugal e Brasil dois países irmãos”, uma iniciativa da associação Atriumemoria em parceria com o Atelier J.J. Silva e apoio do Município e Junta de Freguesia de Fafe.

O público


Cerca de meia centena de pessoas ocuparam uma plateia que assistiu a um serão que iniciou com a apresentação do vídeo “Fafe, marcas dos brasileiros de torna viagem”, seguindo-se palavras de agradecimento pelo Vereador da Cultura, Pompeu Miguel Martins. Carlos Afonso, Presidente da Assembleia Geral da Atriumemoria, moderou a sessão que teve momentos de poesia por Augusto Lemos e António Leitão, com acompanhamento musical de J.J. Silva, César Silva e José Marques. Os irmãos Duarte e Diana Baptista interpretaram várias canções portuguesas e brasileiras deliciando o público presente que ouviu o depoimento da anfitriã da noite, a Deputada Federal do Rio de Janeiro, Inês Pandeló que recordou tempos passados da luta contra a ditadura fazendo a resenha do percurso do Brasil para a democracia. Lembre-se que Inês Pandeló, aproveitando a sua deslocação ao nosso país, fez questão de visitar o seu velho amigo, fafense, companheiro de luta no ceio da comunidade católica, J.J. Silva que durante vinte cinco anos trabalhou no Brasil, sofrendo as consequências do regime opressor da época.

Um evento cultural agradável e diversificado que culminou com os “velhos amigos de luta” a cantarem, recordando um tema de intervenção e entrega de lembranças à convidada da noite que leva para o Brasil um pouco da cultura fafense e a saudade de uma terra que “soube receber”; “não poderia partir sem passar uma noite como esta”, afirmou Inês Pandeló que lançou o repto ao Município de Fafe, em ano comemorativo das relações Brasil e Portugal, de um futuro intercâmbio cultural entre Fafe e Barra Mansa no interior do Rio de Janeiro.
 
 
Carlos Afonso moderou a sessão
 

 
Vereador da Cultura Pompeu Martins representou o Múnicípio
e ofereceu lembranças

 
 
 
Os irmãos Duarte e Diana Baptista
 
 
 
 
 
 
 
 António Leitão
 
 
 
Augusto Lemos
 
 
César Silva e José Marques
 
 
 
 
Dois velhos amigos de luta Maria Inês e José Silva
 
 
 
 
 
 
 
ENTREGA DE LEMBRANÇAS DA JUNTA DE FREGUESIA DE FAFE E DO ATELIER
J.J. SILVA / ATRIUMEMORIA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

HOJE À NOITE NA BIBLIOTECA MUNICIPAL



Sendo Fafe uma terra com fortes ligações ao Brasil, vimos, por este meio, convidar V. Ex. cia a participar na palestra: «Portugal e o Brasil, dois países irmãos», proferida pela deputada estadual do Rio de Janeiro, Maria Inês Pandeló Cerqueira, a realizar na próxima quarta-feira, 23, pelas 21h15, na Biblioteca Municipal de Fafe.

Neste momento único em que “Fafe dos brasileiros” também será tema de conversa, nas vertentes histórica, cultural e económica, todos os presentes poderão assistir a instantes de música e poesia dos maiores criadores brasileiros. Apresentação do vídeo "Fafe Marcas dos Brasileiros de Torna Viagem".

Entrada livre.

 
Uma iniciativa: ATRIUMEMORIA em Parceria com o Atelier J.J.Silva e o apoio do Município de Fafe

 

PORTUGAL E BRASIL DOIS PAÍSES IRMÃOS




Maria Inês Cerqueira


Sendo Fafe uma terra com fortes ligações ao Brasil, vimos, por este meio, convidar V. Ex. cia a participar na palestra: «Portugal e o Brasil, dois países irmãos», proferida pela deputada estadual do Rio de Janeiro, Maria Inês Pandeló Cerqueira, a realizar na próxima quarta-feira, dia 23, pelas 21h15, na Biblioteca Municipal de Fafe.

Neste momento único em que “Fafe dos brasileiros” também será tema de conversa, nas vertentes histórica, cultural e económica, todos os presentes poderão assistir a instantes de música e poesia dos maiores criadores brasileiros. Apresentação do vídeo "Fafe dos Brasileiros".

Uma iniciativa ATRIUMEMORIA em parceria com o Atelier J.J. Silva e apoio do Município de Fafe-

“CASTRO DE SANTO OVÍDIO” A SITUAÇÃO É ALARMANTE



    
5 de Janeiro de 2013, a Atriumemoria fez uma visita às ruínas arqueológicas do Povoado Castrejo de Santo Ovídio e não gostou do que viu.
Mais uma vez as ruínas estão, perigosamente, ameaçadas pela vegetação que, de novo, invadiu o conjunto arqueológico. O panorama não é nada favorável. Se não forem tomadas medidas urgentes que visem a conservação daquelas malogradas ruínas, trazidas à luz do dia no início dos anos 80, dentro de pouco tempo, não restará pedra sobre pedra e o mais importante conjunto arqueológico da cidade, classificado com Imóvel de Interesse Público, perecerá por desleixo das instituições responsáveis: Governo (IGESPAR) e Município local.
Quando é que os principais responsáveis pelo nosso Património Arqueológico vão tomar medidas eficazes para a conservação das ruínas do Monte de Santo Ovídio?


IMAGENS DO ESTADO ACTUAL DAS RUÍNAS
















PALACETE CENTENÁRIO DE ARTE NOVA ESTÁ AMEAÇADO



Há anos sem ser utilizado. O palacete anexo ao Centro de Emprego de Fafe, na rua José Cardoso Vieira de Castro, encontra-se votado ao abandono e os elementos naturais de erosão, vão desgastando o imóvel.
Este belo exemplar de Arte Nova com inspiração francesa foi mandado construir em 1912 por Manuel Rodrigues Alves, natural do Porto e que viria a casar com a poetisa fafense Soledade Summavielle Soares, neta paterna do ilustre “brasileiro” de torna viagem, José Florêncio Soares e de Maria Teresa da Costa, primeiros proprietários de outro extraordinário imóvel de influência brasileira, também devoluto, localizado mesmo em frente ao Teatro-Cinema local.
Nos anos 60, José Summavielle Soares recebeu a casa por herança, vendendo-a mais tarde a Alberto Leite Dantas.

Em 1984 o executivo camarário promoveu a classificação do palacete como “Imóvel de Interesse Concelhio”, pelo seu “interesse e valor ao nível artístico, histórico e cultural”.
A Câmara Municipal chegou a fazer um projecto visando a recuperação do imóvel, orçado em 130.000.000 escudos. Outra hipótese era uma intervenção parcial que custaria 70.000.000 escudos. Nenhuma das intenções foi viabilizada e a “nobre casa” acabou por ser adquirida, em 1986, pelo Ministério do Trabalho para instalação do Centro de Emprego e Formação Profissional de Fafe, construindo-se um edifício de raiz na zona das antigas cavalariças da casa, ficando o imóvel principal, praticante sem utilidade.

Na época em que este palacete foi construído (1912), alguma imprensa local referiu-o como “a mais luxuosa moradia da vila, com todas as condições para se viver regaladamente”.
É, de facto, um raro exemplar de Arte Nova, construído em alvenaria, madeira e ferro forjado. Apresenta painéis de azulejos e pinturas decorativas, essencialmente, paisagens e motivos vegetalistas.

No ano que completa  101 anos, um dos mais emblemáticos e valiosos imóveis históricos da cidade, em pleno centro urbano, encontra-se votado ao abandono, aguardando uma recuperação que dignifique o seu indiscutível valor histórico e patrimonial.