Criação de rede de núcleos de conservação e restauro em curso



O director do Instituto dos Museus e Conservação (IMC), João Brigola, anunciou hoje, em Braga, a criação de uma rede de núcleos de apoio à conservação e restauro de monumentos e do património histórico em Portugal.

A revelação foi feita durante um colóquio na Universidade Católica Portuguesa, em Braga, sobre o projecto interdisciplinar ‘A Arte e as Artes, o Túmulo de D. Afonso de Portugal da Sé de Braga’, que visou a restauração do túmulo do Infante português.

“Está em curso a criação e implementação de uma rede de núcleos de apoio à conservação e restauro que tem por objectivo monitorizar, fiscalizar e acautelar as intervenções em edifícios”, revelou João Brigola.

Com esta medida, o IMC visa “o reconhecimento internacional da qualidade dos trabalhos de restauro efectuados em Portugal e, também, garantir que os trabalhos de restauro em edifícios históricos são cientificamente coretos”, esclareceu o director do IMC.
À agência Lusa, João Brigola explicou o andamento da criação da rede.
“A criação desta rede nacional de núcleos de conservação e restauro está já em documento e discutido no conselho nacional de cultura, na secção de museus e conservação”.

O passo seguinte, segundo o diretor do IMC, é “encetar reuniões com as direções regionais de cultura e com as associações profissionais da área”.

Estes núcleos, explicou João Brigola, “podem ser constituídos por museus, por centros de investigação de restauro pertencente ou ao IMC/Ministério da Cultura ou às direcções regionais de cultura ou ao IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico)”.

Questionado pela Lusa sobre a quem se destina esta nova rede, o director do IMC enumera “instituições como a Igreja, as câmaras municipais e algumas associações privadas”.

Quanto ao financiamento deste projecto, João Brigola adiantou à Lusa qual a verba necessária.

“Não há ainda noção exacta das verbas necessárias para este projecto. Estimamos uma verba de 2,5 milhões de euros para a instalação e depois para o funcionamento”.

Sobre o prazo para a implementação desta rede, o director do IMC calcula que “ao longo de 2011 irá ser estruturada”. “Será traçada a cartografia e mapografia e espero ainda que os núcleos que vão participar nesta rede fiquem já a funcionar com objetivos delineados. Isto em termos de IMC, com o apoio das direções regionais de cultura e do IGESPAR”.

Fonte: Antena Minho

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