Moinho do Rio |
O levantamento do Património arquitectónico tradicional do concelho de Fafe, está por fazer. Conhecem-se algumas construções de uma vivência rural quase extinta, mas estamos longe de ter um conhecimento global e pormenorizado deste Património: moinhos, azenhas, serras hidráulicas, espigueiros, alpendres, lagares etc.
A decadência da actividade rural no século XX fez com que muitos destes equipamentos fossem abandonados, entrando em rápida deterioração.
Porta com data gravada (1613) |
Regadas é referida nas memórias Paroquiais de 1758 como uma freguesia fértil em engenhos de moagem. Os moinhos de água trituraram, durante séculos, grãos de milho e trigo para o precioso pão, presente em todas as refeições da época.
O moinho localizado na Rua 10 de Junho, lugar do Rio, freguesia de Regadas, é um bom testemunho de uma actividade secular, ligada à terra, que outrora produziu os cereais que eram levados aos moinhos para transformação.
O edifício encontra-se relativamente bem conservado, apresentando características que lhe conferem antiguidade e raridade. O seu fabuloso cubo e a sua nobre caldeira, são autênticas obras de arte tradicional, que, acreditamos, possa enquadrar-se no século XVII. A data está gravada numa das padieiras de porta: 1613.
O cubo magistral |
O Povo de Regadas deve orgulhar-se em ter preservado, até aos dias de hoje, um Património de tão elevado significado histórico, representativo de uma memória colectiva com quatro séculos, que Regadas não vai querer perder.
A caldeira, magnífica obra de cantaria |
Um dos engenhos de moagem |
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