DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS



A actividade humana relacionada com a água tem dado origem a um vasto universo patrimonial, incluindo elementos tão diversificados como as paisagens litorais, fluviais e subaquáticas, o património náutico, o património arquitectónico e arqueológico, o património industrial, não esquecendo a sua importância enquanto fonte de inspiração nas mais diferentes áreas de produção cultural (pintura, escultura, literatura, etc.).

O tema escolhido para o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios de 2011 constitui uma excelente oportunidade de reflexão sobre este património, cujo valor deve ser reconhecido por todos.


MUNICÍPIO DE FAFE COMEMORA COM LANÇAMENTO DE LIVRO





A Câmara Municipal de Fafe vai comemorar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, em 18 de Abril (segunda-feira), com o lançamento da obra Águas públicas e a sua utilização no concelho de Fafe. Um contributo do ponto de vista histórico-geográfico, da autoria do Professor Francisco da Silva Costa, docente do departamento de Geografia da Universidade do Minho.

O evento tem lugar na Biblioteca Municipal, a partir das 21h30.

A obra será apresentada pelo investigador Artur Ferreira Coimbra, que assina o prefácio.

O livro parte de um brevíssimo enquadramento geográfico, natural, territorial e humano do município de Fafe, passando depois para a enunciação do quadro normativo e institucional relativo ao direito e gestão da água, desde o início do século XX.

O corpo da obra desenvolve-se em torno dos usos e ocupação do domínio público hídrico neste concelho, desdobrado nas mais importantes utilizações da água, nos seus cursos mais relevantes, sobretudo o Vizela, o Ferro, o Bugio e o Torto.

Fala-se, assim, da importância da rega dos campos, da cultura do linho, do papel dos moinhos de rodízio e azenhas, como espaços de actividade moageira, mas também de outros engenhos ligados ao aproveitamento das águas públicas como a serração e os lagares de azeite.

A obra aborda ainda o aproveitamento hídrico no contexto da indústria local, sobretudo a têxtil, bem como nas fábricas de papel, em Fareja e em Fafe, hoje desaparecidas. Algumas linhas são, de igual modo, dedicadas ao papel das pequenas centrais hidroeléctricas, como a de Santa Rita, mas também as das fábricas do Ferro e do Bugio, necessárias à laboração daquelas importantes indústrias, cujo auge decorreu em grande parte do século passado.

A publicação é ilustrada por dezenas de projectos apresentados para licenciamento no arco temporal compreendido entre os anos de 1903 e 1970.

O autor, Francisco da Silva Costa, nasceu em 1966, em França. Concluiu a licenciatura e o mestrado em Geografia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Em 2008 terminou o doutoramento na área da Geografia Física e Estudos Ambientais, com uma dissertação intitulada “A Gestão das Águas Públicas – O caso da bacia hidrográfica do rio Ave no período 1902-1973”.

Faz parte do departamento de Geografia da Universidade do Minho desde 1998, exercendo nesta altura as funções de professor auxiliar.

Tem-se dedicado a várias temáticas, entre as quais se destacam o Domínio Público Hídrico, a gestão da água e o planeamento dos recursos hídricos, a educação ambiental e os riscos naturais.






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