No Passado sábado 11 de Setembro, decorreu a sessão de encerramento da iniciativa 100 anos 100 Ideias, promovida pelo Município de Fafe, no âmbito do Centenário da República.
No final de uma manhã de trabalhos, alguns jovens fafenses apresentaram as 100 ideias ao Executivo Municipal e foi com alguma desilusão que constatámos que nenhuma das ideias contemplava em concreto o Património Histórico e Arqueológico.
Durante toda a sessão não foi ouvida sequer a expressão Património. Que pena!
Se este evento representasse os reais anseios da juventude local, no processo de desenvolvimento do concelho, mal andaríamos no que concerne um valor fundamental da Cultura de qualquer Município.
O Património Histórico e Arqueológico está a passar por enormes dificuldades e Fafe não é excepção, aliás nunca foi!
O desinteresse pela preservação dos bens materiais que testemunham a nossa identidade Histórica estão, muitas vezes, votados ao abandono e gradualmente vamos perdendo vestígios de um passado mais ou menos longínquo que, afinal, corresponde ao testemunho insubstituível da nossa memória colectiva.
Apesar da parca participação da juventude fafense nesta iniciativa, subsiste a esperança de existir receptividade e vontade de participação na preservação do mais precioso legado dos nossos antepassados: o Património Histórico e Arqueológico.
Sabemos que a juventude fafense é generosa e capaz de uma participação activa nesta vertente cultural.
A ATRIUM promoveu há cerca de um ano a limpeza da ponte medieval de Sangidos, com a presença de uma vintena de jovens que, generosamente e sem grande propaganda, contribuíram para o processo de salvaguarda de uma das mais importantes estruturas medievais do concelho.
Não queremos acreditar que o Património Histórico e Arqueológico fafense passe ao lado dos cidadãos mais jovens deste concelho.
Falta, talvez, mais e melhor informação, alargando a democratização para algumas áreas da Cultura.
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