O LAGAR DE AZEITE DE LEIS - RIBEIROS
Divulgamos aqui outro lagar de azeite localizado no lugar do Picoto, freguesia de Ribeiros.
Este exemplar do nosso Património Industrial Rural, designado por Lagar de Leis, encontra-se, à semelhança do existente em Recovelas, em mau estado de conservação. Parte da cobertura ruiu e o que resta dos equipamentos no interior, está também ameaçado, sobretudo as madeiras já em putrefacção.
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O que resta da cobertura deste antigo lagar de azeite que remonta talvez à segunda metade do séc. XIX vai desmoronar brevemente e irá danificar e cobrir os restos materiais que chegaram aos nossos dias. Mais uma memória colectiva que irá perder-se completamente.
Fica o registo possível desta Associação de parcos meios materiais que continuará a dar o seu modesto contributo para a defesa, conservação, valorização e divulgação do Património Histórico e Arqueológico local.
VÍDEO
LOCALIZAÇÃO
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O LAGAR HIDRÁULICO DE AZEITE DE RECOVELAS - RIBEIROS
A descoberta de Património continua: Património Arqueológico, Histórico, Rural, Religioso,
Natural… tudo se resume na identificação de vestígios materiais de um passado mais ou menos longínquo, revelador do povoamento humano deste torrão que chegou até nós com a designação Fafe.
Desta vez fomos até à simpática freguesia de Ribeiros (Santa Maria). Partimos da extinta escola de Recovelas, sem antes observar aquela arquitectura estandardizada do Estado Novo. Muito perto deste edifício existem as ruínas de um “engenho e azeite”, como é popularmente conhecido. Trata-se de uma construção ampla com paredes construídas em granito de aparelho incerto, mas nem por isso menos robustas. Um lagar de azeite hidráulico que já perdeu a cobertura, expondo-se a uma visão quase vertical do seu interior.
O panorama é degradante, as madeiras, as caldeiras e outros equipamentos que outrora fizeram parte deste engenho, foram vendidos pelo actual proprietário, ao que parece, a um desses “coleccionadores de velharias, lá para os lados de Pardelhas”, afirmou uma senhora que passando pelo local, disse-nos que na sua juventude (há cerca de 40 anos) também ali trabalhou na transformação do fruto da oliverira.
“O engenho pertencia à Quinta de Berrance” referiu a gentil senhora.
Em cerca de quatro décadas, aquela pérola do Património Rural de Ribeiros, transformou-se numa ruína onde, apesar de tudo, ainda existe o pio e uma mó onde a azeitona era esmagada, duas certãs com os respectivos potes, dois pesos, uma lareira onde era aquecida a água para as “caldeiras” e pouco mais.
Ficou a pedra… o resto foi arrancado do lugar em troca de dinheiro para “vaidade” de algum "abastado".
O Lagar Hidráulico de Recovelas, que outrora foi importante fonte de riqueza, é hoje um “fantasma” cuja recuperação seria muito dispendiosa e muito complexa. Mais uma vez o Homem não soube conservar a memória colectiva.
Fafe já assistiu a pelo menos uma exemplar recuperação de Património Rural: o Moinho Eólico de Aboim, um destroço magnificamente restaurado que é hoje motivo de orgulho da população e atracão turística para milhares de forasteiros que em cada ano visitam aquela freguesia.
Ribeiros tem ainda outro lagar hidráulico, na Quinta das Uveiras no lugar do Picoto.
Outro dia vamos aqui divulga-lo.
VÍDEO
IGREJA PAROQUIAL DE FAREJA
A Igreja Paroquial de Fareja parece ter uma origem muito recuada. Um documento do ano de 960 refere o nome da proprietária da Igreja “et fuit ipsa eccesia de Domna Faregia”, provando a existência do templo naquela data.
Fareja é de facto um topónimo de raiz Árabe e certamente ali existiu um pequeno templo do séc. X, cuja localização precisa é ainda desconhecida.
A igreja foi sofrendo diversas alterações arquitectónicas ao longo do tempo.
Passado mais de um milénio, a Igreja Paroquial de Fareja surge-nos completamente restaurada, com uma traça algo incaracterística, onde alguns elementos mais antigos, sobretudo Românicos (séc. XII e XII) foram reaproveitados na última reconstrução, constituindo testemunho inequívoco da sua antiguidade.
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Nas outras fachadas do templo não são visíveis outros sinais de fabrico mais recuado, com excepção de uma pequena cruz gravada num silhar de aparelho mais antigo, reaproveitado na parede da entrada para a sacristia, acrescentada ao corpo da igreja já na Idade Moderna.
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